Entenda tudo sobre o congelamento de óvulos

O congelamento de óvulos consiste em um procedimento onde os óvulos da mulher são captados e submetidos ao processo de vitrificação. Eles são colocados em nitrogênio líquido, substância que reduz a temperatura a 196 graus negativos em poucos minutos, e então armazenados. Você sabe como funciona o congelamento de óvulos? Procedimento realizado para a preservação da fertilidade para uma futura gravidez, o procedimento ainda gera dúvidas entre muitas mulheres que sonham em ter um filho, como o número ideal de gametas a serem congelados, bem como as chances de gestação posterior. As possibilidades de uma gravidez com esse método é a mesma da utilização de óvulos frescos. Na verdade, um dos fatores fundamentais para seu sucesso é a idade da paciente no momento do congelamento dos gametas. Quanto mais jovem a mulher durante o procedimento, mais probabilidades. Com menos de 35 anos, a chance de gestação é da ordem de 50% a 55%, dos 35 aos 37 anos, de 45%, e assim por diante. Depois dos 40 anos as chances são realmente menores. Como é o processo É preciso estimular o ovário a produzir óvulos nesse ciclo do congelamento com a utilização de medicamentos hormonais (injeções de uso subcutâneo de fácil aplicação) por um período de dez a doze dias. Nesse tempo, são realizadas ecografias para acompanhar o crescimento dos folículos (que carregam os óvulos) e ajustar a medicação. Quando os folículos estiverem prontos, eles são aspirados por ecografia vaginal, e a paciente recebe analgesia (na veia) para que não tenha desconforto durante o procedimento, que dura de 19 a 15 minutos. O líquido aspirado dos folículos é encaminhado ao laboratório. Os óvulos são examinados em relação ao seu grau de qualidade e de maturidade e os maduros (aptos a serem inseminados no futuro, de boa qualidade morfológica) serão guardados em nitrogênio líquido em uma temperatura de -196°C. A técnica de congelamento é chamada de vitrificação. Para engravidar, a primeira etapa é o preparo do endométrio (membrana onde o embrião irá se implantar), através de medicamento oral ou gel. Após, é feito o descongelamento dos óvulos e a sua fertilização através de sêmen do parceiro ou oriundo de banco. A implantação dos óvulos é feita através de uma fertilização in vitro, sendo necessários de seis a oito óvulos para um ciclo. Em termos matemáticos, para três tentativas, o ideal é ter de 20 a 30 óvulos. Em alguns dias, ocorre a transferência do embrião para o útero da paciente. Os óvulos podem ficar congelados por volta de 15 anos e, precisamos esclarecer que o congelamento de óvulos não é 100% de garantia que a gravidez ocorra. E é aí que entra o fator idade. Uma mulher que congelou os óvulos antes dos 35 anos e que puderam produzir três blastocistos tem uma chance de concepção bem alta, acima de 80%. Agora, uma paciente que tem o mesmo número de blastocistos, mas congelou seus óvulos após os 40 anos, tem chances mais baixas, de cerca de 45%. Por isso, o ideal é congelar os óvulos o mais cedo possível.

Infertilidade Masculina e o Sonho da Paternidade

A infertilidade masculina não é mais um tabu de décadas atrás. Atualmente, a infertilidade do homem pode ser tratada aumentando as chances de gravidez. Muita gente acha que a infertilidade sempre é da mulher, mas em boa parte dos casos, já está comprovado que a infertilidade é masculina. Normalmente, em 30% dos casos, a infertilidade se deve a problemas da mulher, em outros 30% dos casos, há alguma anomalia nos homens. Em 20% dos casos, é pela combinação dos dois. Já nos outros 20% dos casos, mesmo investigando, não se consegue identificar a causa. A infertilidade é sem causa aparente. E, com o avanço da medicina reprodutiva, mesmo que o quadro de infertilidade seja irreversível, as técnicas para viabilizar a paternidade são inúmeras e oferecem altas taxas de sucesso. Para acompanhar a fertilidade masculina, os especialistas fazem uma análise com uma amostra de sêmen. São analisadas a quantidade, a atividade e o formato dos espermatozoides. Se o resultado numérico for de 39 milhões ou mais, de espermatozoides na ejaculação, com 32% deles tendo movimento progressivo e ao mesmo 4% com formato considerado normal, as condições para conceber são boas. Quando mesmo investigando e tratando, o homem não conseguir recuperar a sua fertilidade, é possível realizar a fertilização in vitro, através da técnica de ICSI – Injeção Intracitoplasmática. Esta técnica é especialmente indicada em casos de infertilidade de fator masculino grave ou quando há uma amostra limitada de espermatozoides. Com a ICSI é possível alcançar com sucesso a gravidez em casos de oligospermia e vasectomia, por exemplo, entre outros casos conforme citamos nas indicações. Casos de indicação de ICSI: · Homens com baixo número de espermatozoides, problemas de mobilidade ou má morfologia dos mesmos. · Homens que tenham feito uma vasectomia. · Existência de doença infecciosa ou infertilidade de causa imunitária. · Dificuldade em conseguir uma ejaculação em condições normais, como ocorre na ejaculação retrógrada (problemas neurológicos, diabetes, etc.). · Casos de amostras congeladas (criopreservadas) de homens submetidos a vasectomia ou a tratamento de rádio ou quimioterapia. As amostras são muito valiosas porque têm uma quantidade limitada e a ICSI permite otimizar a sua utilização. · Outros fatores: fracasso repetido após vários ciclos de FIV e IIU, baixo número de óvulos após a punção ou quando for necessário identificar embriões em caso de Diagnóstico Genético Pré-implantacional (PGD). Ao introduzir um espermatozoide previamente selecionado diretamente no óvulo estamos aumentando as chances de gravidez, pois facilitamos a fecundação onde um espermatozoide com baixa mobilidade ou má morfologia teria maior dificuldade para consegui-lo de forma natural ou através da técnica de FIV simples. Após a fertilização, o óvulo fecundado será observado diariamente no laboratório de embriologia onde acompanhamos o desenvolvimento do embrião. O que não podemos esquecer é que: Ser pai é muito mais do que apenas gerar. É um misto de sensações que traz plenitude à vida. Saber que os laços são eternos, que um ser humano passa a depender e precisar de sua dedicação, atenção, amor, educação. Um pai de verdade ama e guia seu filho por toda a vida!