Congelamento de sêmen: como funciona?
O congelamento de sêmen é uma técnica simples e segura que tem a finalidade principal, preservar a fertilidade masculina. Não existem restrições de quem pode realizar esse procedimento, que é indicado para homens que irão se submeter a algum tipo de tratamento que possam atingir as células reprodutoras, que desejam fazer vasectomia, mas não querem perder a possibilidade de serem pais e também para homens que são expostos a algum tipo de procedimento químico, radioativo ou tóxico frequentemente. A realização deste procedimento consiste em um passo a passo que precisa ser realizado de forma correta e assertiva. 1° Etapa – A coleta do sêmen é feita através da masturbação, de preferência 2 a 3 dias sem ter relações sexuais. 2° Etapa – Após o sêmen ser coletado, são realizadas algumas análises para ter certeza da condição do mesmo, avaliando a qualidade e se será apropriado congelar. 3° Etapa – Após a análise dos espermatozoides, é feito o processo de congelamento em nitrogênio líquido até a temperatura de -196°. Quanto mais rápido for o processo de congelamento, maior é a taxa de sobrevivência dos espermatozoides, gerando assim uma melhor qualidade do sêmen. 4° Etapa – Depois que o sêmen foi congelado por completo, inicia a parte de conservação e armazenamento do mesmo em tanques de nitrogênio líquido por tempo indeterminado, até o paciente decidir descongelar e usar para procedimentos de fertilidade. Para obter resultados melhores e mais precisos, é recomendado que sejam congelados, no mínimo, três ejaculações. Os intervalos de tempo são definidos a partir da avaliação médica e qualidade do sêmen. Quando o sêmen for descongelado, ele poderá ser usado para tratamentos de inseminação artificial ou fertilização in vitro.
Por quanto tempo o sêmen pode ficar congelado?
Para explicar por quanto tempo o material pode ficar armazenado, é necessário esclarecer primeiro como se dá a técnica do congelamento ou criopreservação de sêmen. É uma prática técnica bastante simples descrita e utilizada há mais de 50 anos. A amostra é coletada por masturbação preferencialmente com 2 a 3 dias de abstinência sexual e o material avaliado quanto à quantidade e qualidade dos espermatozoides através de um exame chamado espermograma. Após a contagem dos espermatozoides e medição do volume do ejaculado, adiciona-se à amostra uma quantidade variável de uma substância diluente chamada de crioprotetor, que vai proteger a amostra dos possíveis danos das baixas temperaturas. A amostra é estabilizada por aproximadamente 10 minutos com o crioprotetor e depois fica no vapor de nitrogênio líquido por mais aproximadamente 15 minutos até a total imersão no nitrogênio líquido à temperatura de -196º C. O material coletado é então armazenado em nitrogênio líquido a 196°C negativos, onde permanece por tempo indeterminado até o momento da utilização. Em 2009, nasceu um bebê concebido por fertilização in vitro em que foi utilizado sêmen congelado do paciente 21 anos antes. Acredita-se que este seja o relato de mais tempo decorrido entre o congelamento do sêmen e a sua utilização. O óvulo, por exemplo, é uma célula muito sensível e que contêm grande quantidade de líquido. O congelamento neste e caso específico pode provocar a formação de cristais de gelo que podem danificar a sua estrutura interna e comprometer o resultado do tratamento. A partir do ano 2000 surgiram trabalhos e bons resultados a partir da técnica de “vitrificação” que é um tipo de congelamento ultrarrápido e até o momento atual é a mais indicada para criopreservar embriões e óvulos. O congelamento de sêmen é indicado em casos de: Desejo de postergar a paternidade ou previamente à vasectomia Previamente à tratamentos oncológicos que necessitem de quimio ou radioterapia Previamente à cirurgias de testículo Quando o marido não pode estar presente na data da fertilização in vitro. Por quanto tempo o sêmen pode ficar armazenado? As amostras de sêmen criopreservadas não possuem prazo de validade. Elas podem ficar armazenadas por tempo indeterminado. Portanto, o sêmen congelado pode manter-se viável e ficar armazenado por muito tempo de acordo com o interesse do paciente. O paciente tem autonomia para uso de seu gameta, assina um contrato de manutenção e mediante assinatura em cartório pode inclusive transferir a amostra para outra clínica.
Tudo sobre o diagnóstico da infertilidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que depois de 12 meses de tentativas, sem conseguir engravidar, o casal pode ser infértil. Nesse caso, é importante que o casal busque auxílio médico especializado para investigar a possibilidade da infertilidade e iniciar o tratamento adequado. O diagnóstico é realizado através de exames específicos para o homem e para a mulher. São eles: Diagnóstico de infertilidade feminina Problemas de ovulação, endometriose e alterações tubárias são as principais causas da infertilidade feminina. Para identificar a possível infertilidade e a sua causa, existem vários exames. Entre eles: ● Exames de dosagem hormonal: investiga se há problemas hormonais na mulher que impedem a ovulação; ● Histerossalpingografia: exame de imagem (raio-X) que avalia a integridade das trompas e da cavidade uterina; ● Ultrassom endovaginal: verifica a existência de problemas no útero e no ovário; ● Videolaparoscopia: exame que detecta e analisa se a paciente possui endometriose; ● Video-histeroscopia: analisa o interior do útero; ● Teste Pós-Coito: estuda o comportamento dos espermatozoides dentro do sistema reprodutor feminino. Diagnóstico de infertilidade masculina Em 30% dos casos, a infertilidade do casal está relacionada a fatores masculinos. Fatores genéticos e hormonais, infecções, obstrução do canal por onde passam os espermatozoides e varicocele (quando as veias dos testículos apresentam dilatação anormal) são as principais causas da infertilidade no homem. Entre os exames que podem ser solicitados para a realização diagnóstico, estão: ● Espermograma: avalia a qualidade e a quantidade de espermatozoides produzidos; ● Teste da Estrutura da Cromatina do espermatozoide (TECE): teste complementar ao Espermograma, onde é analisada a estrutura do DNA dos espermatozoides; ● Teste Hormonal: analisa os níveis hormonais do paciente; ● Exames de imagem: investiga a presença de bloqueios na passagem do espermatozoide; ● Exame de sangue: busca identificar infecções no organismo. Deseja saber mais sobre as causas da infertilidade, o diagnóstico e formas de tratamento? Então, entre em contato e converse com um de nossos especialistas. Eles poderão analisar o seu caso e indicar o melhor tratamento. Fontes: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/152-infertilidade-masculina